terça-feira, 29 de dezembro de 2009

~* Apatia

Como foi que eu me tornei tão apática a ponto de ficar só observando? A ponto de preferir ficar observando? Como se eu não fizesse parte de tudo aquilo. Como se eu não pertencesse à mesma dimensão. Não uma dimensão melhor. Nem pior, tampouco. Apenas alheia. Por que essa diferenciação toda, afinal? O meio é o mesmo, não é? As vezes eu me sinto tão perdida... Simplesmente não consigo entender o que se passa na cabeça das outras pessoas. Algumas coisas, mesmo as mais insignificantes, não fazem sentido. Me pego observando novamente, pra tentar entender. Me vejo desejando ver a vida com a mesma simplicidade de outrem. Desejando pertencer à mesma dimensão dessa pessoa. Querendo ser como ela, viver sua vida. E isso é tão feio, não é? Me recrimino então. E me fecho ainda mais na minha dimensão separada. Gosto de observar, porém. Talvez eu consiga aprender algo, amadurecer. Tento fazer isso com todas as pessoas que conheço. Gosto tanto de conhecer gente nova, diferente. Minhas relações com elas são superficiais, porém. Prefiro, mais uma vez, assistir tudo acontecer à me envolver. A dimensão delas parece tão ruim aos que se expõem. Sinto que se eu tentar fazer parte vou me machucar de algum jeito. Mas, isso é a vida, não é? Errar, sofrer, aprender a se levantar, seguir em frente levando apenas o aprendizado e a ânsia de ser feliz novamente. Eu estou fazendo tudo errado, então, não estou? Eu estou enganada, não? Talvez seja essa a razão de tanta insegurança. Como se tudo o que eu tenho, o que eu construí, o que eu consegui... tudo fosse desmoronar em algum momento. Me sinto tão ameaçada todo o tempo. E por tantas coisas... tantas pessoas. Me sinto mal novamente, como se estivesse fazendo algo errado. Como se eu estivesse errada. Nos períodos observando, vi que eu não deveria me sentir desse jeito: eles não se sentem. Talvez eu esteja enganada. Ou talvez eu de fato pertença a outra dimensão. Isso não significa, necessariamente, que sou a única nela, certo? Existem outras pessoas ali também. Sim, existem. Eu já encontrei. Com elas eu aprendi a confiar. Confiar ao que é alheio a mim. Ver beleza, paz, pureza nelas. Como se, de alguma forma, elas estivessem fazendo tudo certo. Mas não o certo da outra dimensão, que faz eu me sentir inferior, me instiga à competição, faz eu me sentir ‘errada’. É um certo que parece me engolir, me incluir naquela clareza toda. Faz eu me sentir tão bem. Sempre, em cada conversa, cada riso, sempre. Com essas pessoas, o único momento em que me sinto mal é quando tento retribuir todo o bem que elas me fazem. Quase nunca consigo. Me sinto angustiada por alguns momentos, mas essa angústia é tão insignificante perto de todo aquele bem estar. Obrigada a todas elas, tão poucas, tão raras e tão importantes.

~* Insegurança

Insegurança. Instabilidade. Talvez sejam os hormônios da adolescência, talvez não, mas a insegurança me visita pelo menos uma vez ao dia. Me lembro de como era ser criança, ou mesmo de alguns poucos anos atrás: não interessava o que acontecia, eu sabia exatamente pra onde ir, o que fazer. Eu tinha um plano pra seguir. Agora tudo é diferente. Tenho que fazer muitas escolhas, escolhas demais. A insegurança se faz presente em cada uma delas. Tenho medo principalmente daquelas que me afetarão pelo resto da vida, mas todas aquelas que possam interferir de algum jeito no meu presente também me incomodam. Às vezes o medo de arriscar é tão grande que eu acabo optando por não fazer nada, e o medo vence novamente, o medo de destruir o que eu tenho tomando a escolha errada. O problema é que desse jeito eu deixo de viver. Afinal a vida não é feita de riscos? Não é essa a graça? Bom, pode até ser, mas o fato é que eu procuro um pouco de segurança em tudo o que eu faço. Talvez o que me falte é aquele tão citado e tão clichê “porto seguro”, mas eu não faço a mínima idéia de onde encontrá-lo. Não tenho idéia do que fazer. O meio termo sempre me parece chato, e sempre me apego aos extremos. Aos dois. Sempre. Se um lado de mim pensa seriamente em largar a cidade e viver em uma praia deserta, no meio do nada e vender artesanato, o outro quer trabalhar numa grande corporação, morar no centro de uma metrópole e usufruir de todo o luxo que o dinheiro pode pagar. O meu humor é feito de extremos também. Se um dia eu acordo me achando a mais bonita e a mais inteligente de todas, no outro eu me sinto extremamente medíocre. Estes últimos têm sido freqüentes ultimamente. Talvez sejam os hormônios da adolescência, como eu disse. Talvez seja algo mais... O amor é fonte de dúvidas e sofrimento em quase todas as pessoas. Felizes são aqueles que realmente chegam a vivê-lo com a pessoa amada. Para a maioria, porém, tudo o que sobra é a desilusão. A insegurança se faz presente mais uma vez. A sensação de mediocridade também. Afinal são tantas e tantas pessoas ao redor. Por que a pessoa escolhida iria me escolher também? Há algo de tão especial e marcante em mim? Às vezes a insegurança é tanta que a minha resposta a essa pergunta é justamente a insegurança. Talvez eu devesse escutar àqueles que dizem por aí que isso tudo é só uma fase, que é típico da idade. Mas eu olho ao redor e vejo um brilho confiante no olhar de alguns. Sem querer isso me desperta inveja. Começo a imaginar como seria ser aquela pessoa, começo a compará-la comigo, descobrir o que é diferente entre nós, o que está errado em mim. Então eu me sinto mal. As vezes até desesperada. Penso que nunca vou conseguir o mesmo brilho no olhar, a mesma determinação. Penso como é ridículo estar invejando meu semelhante, e por vezes, não conseguir evitar fazê-lo. Me sinto perdida novamente. Procuro algo de bom em mim. As vezes acho. Me lembro de toda a paixão que eu tinha por algumas coisas. Me lembro de como ela foi se esvaindo e amenizando. Percebo então que me tornei quase apática. Mas algo ainda restou. Foi uma fase da minha vida que me ajudou a formar meu caráter. Nesse período eu queria mudar o mundo. Queria acabar com todo o preconceito e toda a fome. Com o frio das noites dos desabrigados, com a solidão daqueles que já não têm algo pelo qual viver, com o menosprezo, com a falta de sentimento daqueles que simplesmente não se importam com tudo isso. Aqueles que acham que tudo está certo e corre exatamente como deveria. Aqueles que não conseguem enxergar além do alcance de seus olhos, cujo o limite, muitas vezes, é o espelho. Aqueles que não se importam ao ver lágrimas no rosto de uma criança. Se não somos capazes de acudir nem mesmo as nossas crianças, que tipo de pessoas somos nós? E quando eu acho que não só eu estou toda errada, mas também o mundo, algo me surpreende. Ao mesmo tempo que a maldade está espalhada por todo o mundo, a bondade, mais tímida, se faz presente também. Talvez até em maior escala, embora mais sutil. Porque por mais problemas que haja no mundo, sempre existem aquelas pessoas que, com pequenas atitudes, os amenizam. Percebo então que o que importa não é exatamente a faculdade que eu vou fazer, ou a profissão que eu vou seguir, mas sim as atitudes que eu tomo para ajudar ao próximo que me farão feliz. O sentimento de fraternidade e dever cumprido que me fará descansar tranqüila durante a noite, e seguir disposta durante o dia.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

~* Eu e o poupa tempo, pt2: amor que nunca morre.

Háaaaa, nada como acordar cedão, tendo em vista expectativas MA-RA-VI-LHO-SAS para o dia que vai nascer. Pq claro, nada melhor do que ver o Sol nascer no Galpão do Poupa tempo, falae? [Tá, exagerei, mas tava cedo sim u.u] Cheguei lá esta manhã antes do breguenaits ter aberto, e já tinha uam filinha báasica. Pensei comigo "Ah, tem pobrema não, essa bagaça faz milhares de serviços diferentes, cada um da fila deve querer uma coisa, vai ficar eu e uns três só pra fila do RG." Há. Há há. Como sou ingênua. Ouço uma voz meio estridente d'uma mocinha que trabalhava lá e eis que vejo em minha frente quatro cartazes, separando em categorias os assuntos dos quais eu e minha linda fila íamos tratar. Atrás do primeiro, algo sobre Carteira de Motorista, deveria se formar uma filinha. Sáiram da fila mór umas 10 pessoas e foram pra lá. Beleza. Na segunda fila, saíram umas 3 pessoas só. Quando chegou na Fila do Rg, qual é a minha surpresa ao ver todas as pessoas na minha frente somente dando alguns passos pro lado??? Háaa. Claro né? A ultima fila acho q nem tinha ngm. ¬¬
Bom, quando deu sete horas e eles finalmente decidiram abrir o negócio, a gente foi andando, seguindo a ordem da fila, para uma outra filinha bonita, enquanto alguns dos funcionários ficavam parados em volta. Parecíamos presos indo para o Banho de Sol. Aí eu fiquei lá, na filinha, pah. Eis que surge uma senhora perguntando se alguém dali queria fazer um sabe-se lá o que, lá... Pensei, 'noooossa, deve ser um serviço super requisitado, várias pessoas vão sair da fila e páh... iei *.*" mas não, só saiu um senhor e um outro cara, e só um deles tava na minha frente... Enfim, esperei lá um pouquinho, a mocinha me atendeu, me mandou pegar senha pra uma outra fila, q eu nem precisaria pegar se ela soubesse o que tava fazendo no trabalho dela, depois voltei  praquela fila lá, e fui pra outro lugar, pegar senhas.
Minha senha era tipo H45, e tava no H23. Vc vai pensar, 'há, beleza, nem deve ter demorado, eram só 22 pessoas, certo?'  Errado. O problema é que resolveu passar um milhão de G's na minha frente e eu quase dormi no raio do banquinho. Isso sem contar aquelas senhas que eram chamadas over and over again.  Não me conformo. A pessoa tá ali, esperando, e num percebe quando a senha dela aparece no painel?? Num é como se Tivesse alguma distração, não é? Tem ela e o painel. Fim. Aliás, minto. Em certo momento, eu não sei se foram alucinações, mas eu juro que uma música surgiu de algum lugar, mas não qualquer música, nãaaaao. O que estava tocando era Pepê e Neném. De novo: Pepê e Neném.


Isso de alguma forma me deixou mais bem humorada, mas antes que aparecessem mais pérolas, a música parou de novo =/.
Bom, o que importa eh q eu fui atendida, deixei as marquinhas dos meus dedinhos no papel, e vou voltar pra buscar o meu bebe amanhã. [Bom, hoje, considerando q eu stou postando o dia de ontém, 17]
\o/
E dessa vez os Doze Reais de estacionamento valeram a pena *____* Mentira, sinto saudades dos meus 12dinheiros.
=D

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

~* Eu, a chuva e o poupa tempo ;D

Assim, não é que eu goste de ficar reclamando da minha vida. Não gosto mesmo. Eu acho que papai do céu é muito bonzinho comigo, ele só curte tirar uma com a minha cara as vezes... mas assim, sou feliz e pah *___* . Eu só reclamo pq acontecem umas coisas muito bizarras comigo. Eu mesma só num acho mais engraçado pq é comigo, agora, se eu fosse um dos meus amigos eu ia raxar da minha cara. Enfim, criamos um blog com essa finalidade \o/.

Hoje por exemplo, eu lavei roupa.
Hoje eu fui no poupa tempo renovar o RG.
Chegando lá, entramos eu e papai no estacionamento cuja hora custa, veja bem, SETE lindos reais. Sete daquelas notinhas verdinhas tão bonitinhas que nem estão mais em circulação. Sete moedinhas com a bordinha Dourada... >.< E se eu ficasse soh meia hora eram 4 reais. Quatro. Duas notinhas de tartaruguinha. Poxa, tá em extinção e eu tenho que ficar dando elas de graça por aí??? Sim, de graça, porque assim, num é só por que o nome do negócio é poupa tempo que isso tem de fato alguam relação com o mundo real, champs.
Entrei lá e fui abordada por uma mocinha com uma cara que era um misto de 'ai, anda logo/se ferrou otário'. Falei pra ela, toda sorridente,  "=D queria tirar o Rg moç..." "a gente não está mais distribuindo senhas (66)". Isso era o que? três horas da tarde?? Eu fiquei encarando o ser na minha frente por algusn segundos, processando a informação, pensando se tava delirando quando as palavras 'se', 'ferrou' e 'trouxa' apareciam na testa da criatura... Aí fui lá perguntar pro fulano que de fato fazia o negócio, e ele disse q eu podia agendar, mas veja bem, veeeeja bem, pro dia vinte e OITO. Hoje é dia 16. Poupa tempo, lembra?
Sei que voltarei lá amanha cedinho antes de abrir aquela bagaça, e desperdiçarei meu lindo e ensolarado dia lá naquele galpão prédio apinhado de gente bonita e bem humarada amanhã. Ensolarado. Sim, porque hoje tava um calor dos infernos enquanto eu ia pro raio do poupa tempo, o que é claro, não impediu que chovesse umas três vezes pra molhar a minha linda roupa no varal, e me impossibilitar de abrir a janela do carro. Tive então que decidir entre nadar no interior do veículo ou cozinhar dentro do automóvel. Duas possibilidades realmente tentadoras, obviamente. Papai do céu é bom comigo, mas ísso não impede que São Pedro me odeie, falae?
Cheguei em casa a net tinha dado tilt, e a pilha de louça tinha se multiplicado. Parecia que tinha acontecido uma batida em busca de drogas escondidas nos cantos mais improváveis do meu quarto, visto que antes de sair eu tinha revirado e jogado tudo no chão em busca, não de crack, cocaína nem nada do gênero, mas sim do meu lindo e antigo RG. Aliás, sinceramente, não vejo a necessidade dessa alarde toda. E daí que eu tinha nem cinco anos quando tirei o RG? E daí que na época eu não sabia nem escrever meu nome completo? E daí que meu A era uma bolinha preenchida e q eu assinei no lugar errado? E daí que sempre que eu faço provas e vestibulinhos por aí os fiscais costumam rir da minha cara quando olham meu RG? E daí? Só por isso eu tenho que tirar um novo? Aaah, faça-me o favor u.u

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

~*Preconceito

Sério. Se tem uma coisa que eu aaaaaaaaaaaadoooooooro é aquele tipinho de gente que forma opinião sem conhecer as coisas. Que só de olhar na tua cara acha que já te conhece até o último fio de cabelo, e que tem a pretenção de encarnar a mãe diná, prever suas ações, e olha só, TE dizer o que VOCÊ está pensando. Sério. Adoro gente assim.
Tem aqueles pais da pscicanálise também né? Vêm me dizer que eu sou fria, fechada, brilhante, cor de rosa. Sério, como que alguém se acha onipresente ao ponto de achar que sua presença se faz, também, no meu cérebro?
Tem ainda aqueles que interpretam meus gestos. Fico inconformada com os significados profundos que surgem a partir do meu 'espirrar', 'coçar o olho', 'arrumar a blusa'. O cúmulo foi quando disseram que eu, veja bem, EEEEEU olhei pessoa X de tal jeito por que eu achei isso, isso e isso do raio da pessoa X. Eu fiquei tão sem ação. Nem tinha olhado a X direito, quanto mais feito profundas indagações sobre a personalidade enrustida da criatura. Sério, eu só queria ir pra casa logo, porque ia chover. Mas não, eu me senti de tal jeito com a pessoa X porque eu levei em consideração a roupa, o jeito e as palavras que nem pra mim foram proferidas. Ah, faça-me o favor. ¬¬
Pior que o Freud em questão era alguém de quem eu não esperava tal coisa, e alguém que eu considero bastante. Então eu fiquei tão sem reação...
É claro que essa minha falta de reação deve ter sido interpretada como a minha tentativa de esconder os 'sentimentos e palavras sombrias que assolaram meu coração no momento', mas assim, tô nem aí.
Ah, sério, ser tachada de preconceituosa por alguém que formou seu conceito antes do tempo não é lá uma grande ofença né?

Perdoar... Mas nunca esquecer.

Impressionante como o pessoal pensa que só por que passou um tempinho a gente vai esquecer de tudo, né? Pode até funcionar assim pra algumas pessoas, mas eu definitivamente não sou uma delas e, sinceramente, não acredito na maioria que se diz assim. Veja bem, não é que eu seja daquelas que tomam tudo como uma ofença à honra da família. Nem tampouco guardo rancor pro resto da vida e fico planejando mil estratégias mirabolantes pra me vingar. Mas tem certas coisas que a gente simplesmente não consegue esquecer. Algumas delas a gente até tenta. Tenta forjar justificativas incoerentes, achar desculpas, erganar a nós mesmos. Mas a verdade é que se a gente não consegue, é por que aquilo de alguma forma afetou a gente no momento. E é muito mais fácil esquecer nossos momentos felizes do que aqueles de dor, sofrimento, angústia, humilhação. Não é que a gente não queira, a gente quer. Porque toda vez que a gente lembra, nos remete a tudo aquilo que foi sentido no momento. "Relembrar o passado é sofrer duas vezes". Mas a nossa memória não é seletiva ao ponto de a gente conseguir escolher exatamente as passagens da nossa vida que não gostaríamos de lembrar, muito menos apagar os sentimentos. Porque eles continuam presentes por mais tempo, mesmo depois de termos esquecido a razão pela qual eles surgiram. E isso continua dentro de você. Mesmo que já tenha perdoado.
Entendam, o perdão é algo divino. O alívio se faz presente também em quem perdoa, porque normalmente os gestos que mais nos fazem sofrer vêm de quem mais gostamos, e por mais que estejamos machucados, não queremos ver quem nós gostamos tristes, angustiados, arrependidos. É... o perdão liberta. Mas uma boa memória nos torna desconfiados. Desconfiados porque a confiança num é lá uma grande coisa, e quem errou uma vez, pode, sempre, errar de novo. E é sempre bom não ser pego de surpresa - não totalmente, pelo menos.
Quando alguém comete um ero com você, você tende a achar que essa pessoa cometerá erros similares outras vezes. Aquele amigo que falou pelas suas costas, o(a) namorado(a) que deu uma pulada básica na cerca, aquele colega que passou por cima de você pra conseguir prestígio. E, desculpa a sinceridade, a pessoa pode até se arrepender na hora e tals, te pedir mil e vinte e duas desculpas e prometer que o que aconteceu não vai se repetir, mas assim, na real, vai sim. Não tô dizendo que ninguém erra, ninguém se arrepende de verdade e bla bla bla, whiskas sachê, é só uma probabilidade maior. O que acontece é que da primeira vez a pessoa não pensou em vc antes de fazer a merda o que fez, então, é muito provável que não pense antes de fazer de novo. Não me leve a mal, as vezes o que te machuca é algo espontâneo da pessoa, ela faz sem perceber, e não se dá conta que está te fazendo mal. Muito embora isso não te ajude muito na hora, é algo a ser levado em consideração. E se esse é o caso, muito provavelmente vai acontecer de novo. E você vai perdoar. Perdoar alguém que talvez nem saiba que precisa do seu perdão. Perdoar... mas nunca esquecer. Por que não é só por que a pessoa não tem consciência disso que você deixa de sofrer, hun?
Aos poucos, porém, a gente se acostuma com a similaridade e frequência dos erros, e o que antes era um grande sofrimento, passa a não ser algo tão grande assim. Você passa a vida perdoando, relevando, mesmo que as vezes não haja reconhecimento. Mas isso é bom, não é? Guardar mágoa é pior pra você... O problema é que em alguma hora paramos pra pensar em nossa vida, em nossas relações. E os sentimentos que viviam ali adormecidos voltam com força total. É pior quando isso é frequênte. Como conviver com alguém que te fez tanto mal? Por mais que tentemos, que gostemos e valorizemos esse alguém, as vezes se torna difícil. Outra pergunta surge a mente então: Por que todo esse esforço em reafirmar o perdão de alguém que não se importou suficientemente com vc, não pensando que suas ações podiam te fazer mal?
Nessas horas você decide que não valhe mais a pena investir tanto empenho numa relação pendida pra um lado só. Essa pessoa, então, dirá que você está fria(o), distante... achará que você é louco(a) ou bipolar, e que o que está acontecendo nada tem haver com suas próprias ações. Talvez te peça desculpa, sem saber ao certo o por quê, desejando que tudo fique bem. Caberá a você, então, decidir se valhe a pena perdoar mais uma vez.  Por que perdoar é divino. Mas lembrar é humano.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

~* Fingir

Parece crueldade, mas desde pequenos apendemos que, se não quisermos sofrer mais ainda, devemos esconder nossas fraquezas. Por que quando deixamos escapar alguma coisa, isso poderá ser usado contra nós. As vezes é só a piada que incomoda, o comentário que magoa, o olhar que fere. As vezes é algo mais planejado, feito pra machucar. O fato é que você deve se adequar, parecer sempre feliz. E isso não é de todo o ruim. Quando fingimos para os outros, fingimos também para nós mesmos, e isso nos dá força provinda de algum lugar, mesmo quando não parece haver de onde. Quando escondemos o que nos incomoda, acabamos também por esquecer daquilo por um momento. Podem me falar de sensibilidade até meus ouvidos caírem, mas o fato é que ninguém quer ser visto como fraco, ou dramático, ou qualquer um desses adjetivos que as pessoas falam sem pensar. Por isso trancamos o objeto de nossa dor no fundo de trinta baús e escondemos atrás do nosso sorriso despreocupado. E funciona, muito bem. O problema é que ninguém consegue viver na mentira o tempo todo, ninguém consegue fingir pra todo mundo e pra si mesmo a todo instante. E é aí que achamos alguém. Alguém que na despretenção se faz tão importante em nossas vidas. Aquele alguém com quem tiramos as máscaras, revelamos nossa dor, choramos, rimos, chingamos. Aquela pessoa que aos poucos vai se tornando essencial em nossas vidas, com quem nos sentimos livres, sem máscaras, sem disfarces. Aquele ou aquela que gostam da gente simplesmente por sermos nós, que nos transmitem paz, confiança, tranquilidade. E tudo, então, parece passar. Toda a dor e a toda a raiva começam a não fazer mais sentido, e não nos lembramos mais por quê de todo o nervosismo. Nosso corpo parece mais leve, assim como nossa mente, e podemos dormir tranquilos, rir de algo bobo ou dançar pelos corredores da casa. Por que a raiva é mais intensa que o amor, não precisa de motivo concreto, vem forte e avassaladora de dentro do coração, toma nossa mente com agilidade e nos faz querer gritar. Mas com a mesma rapidez que vem, pode ir embora. Com a mesma eficiência que toma a nossa mente pode se dissipar. O amor, por outro lado, é insistente, constante, divino. Tráz consigo toda a paz e a alegria que não precisam de justificativa, simplesmente existem. E por mais que a raiva nos cegue por alguns instantes, o amor se faz presente em todos os demais sentidos. Aquela nuvem de angústia se dissolve como uma gota de nanquim no oceano, e o que vemos em nossa frente é aquele alguém. As palavras podem não ser suficientes ou eficientes na hora de expressar o sentimento. O título de amigo, namorado, irmão passa a não valer mais o quanto deveria. O que fazer pra retribuir tudo o que o que nos foi feito? Nos sentimos impotentes. Mas nos esforçamos ao máximo para ser melhores para aquela pessoa, e nos tornamos melhores de fato. Só espero que esse alguém saiba de toda a sua importância, e não ache, nunca, que precise fingir pra mim.

domingo, 8 de novembro de 2009

~* Preocupação

Eu só queria que vocês soubessem que eu também não sou essa fortaleza toda, sabe? Que cada palavra que eu proferi pra vcs... Eu senti o peso de cada uma delas também, okay?
Eu sei que eu posso parecer muitas coisas agora. Eu sei não só por intuição. Eu sei por experiências passadas. Eu sei que é isso que vcs estão pensando, vcs já falaram.
Mas eu espero também que vcs saibam que tudo o que eu fiz, tudo o que eu falei, teve um porquê: Eu amo vcs. Eu me preocupo. E eu simplesmente não consigo ficar indiferente. Eu sei que quem o faz não faz por mal. Mas pra mim, se eu fizesse isso, se eu agisse como se nada estivesse acontecendo, eu não seria a boa amiga que vocês podem achar que eu seria. Isso pra mim não é amizade e eu simplesmente não aguento ver tudo isso e ficar quieta.
Enquanto puder eu vou falar sim. Me desculpa se não foi da melhor forma possível, com tanta delicadeza quanto seria necessário. É só que eu não sou o ser mais delicado do mundo, vcs sabem. Mas eu não me arrependo, eu não vou ficar assistindo tudo acontecer e se desenrolar na direção que está indo e ficar quieta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Segunda feira com cara de Domingão

do faustão. Háaaaaaa --'

Nada pra fazer e tals, comecei a ler os blogs por ae, quando me lembrei de que eu tenho um [!] e oh! eu nunca posto nada nele...

Realmente muito útil, eu sei.

Aí vim aqui fazer um post feliz da minha vida bem movimentada. pfff

Sabadão teve ETESTOCK com bandinhas legais, eu comi que nem uma leitoa, fingi que sabia cantar as músicas e ri pra caramba. Foi mára *-*

Domingão [tudo no ão] vi um amigo meu que eu não via fazia tempo *_* e que veio pra cá *_* e a gente foi no Habibs pq..., bem, pq num tinha mais nada pra fazer... Mas foi bom *-* O garçom se pá tava tentando seduzir um dos meus amigos, pq não saía de perto da minha mesa, a gente demorou a entender como que funcionava o banheiro [!], meu amigo acotovelou o cara gigante e do mal que tava atrás dele e eu pedi um Frape Capuccino *-* [ou afins]

háaaa, muito bom isso. Atorei. Mas é doce pra caramba.

Enfim

aí eu experimentei a incrível sensação de ser expulsa do shopping - e daí que eu cheguei lá na hora que fecha? - indiretamente, já que os guardinhas decidiram que seria divertido colocar cones e correntes fechando a passagem e nos deixando com uma visão magnífica dos arredores da porta...

Mas

foi bom

o//

E hoje eu, de volta a minha vida de doméstica, consegui enguiçar a máquina de lavar. o/

Os meus aparelhos eletroeletrônicos me odeiam . bjs o/

Então, já que não consegui lavar minhas lindas roupinhas, to pensando em ir pelada pra escola amanhã, dá de louca e falar que pensei que o dia das bruxas tinha sido adiado pra terça o/

Aí iam chamar o sanatório, eles me buscar e iam me dar uma camisa de força e roupas. Limpas. o/

Ooooooooooooou eu posso lavar as roupas na mão e deixar os lençõis e toalhas pra quando minha máquina sair do coma. Embora eu ache a opção nº 1 bem mais emocionante.

Aaaaaaaah, excedi o limite de besteira do post. Vcs que leem o Blog e irão trabalhar de roupa amanhã: tenham uma boa semana ;D

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Começo

Uhul, primeira postagem de blog évah!!

Então, criei o Blog pra parar de fazer comentários gigantes no blog alheio e pra mostrar o meu jeito de ver as coisas [por isso o "Visão de Mundo". Trata-se da minha. Háaaa --'], porque as vezes eu - e imagino que não só eu - penso e vejo certas coisas de uma maneira tão obvia que eu me pergunto se só eu no universo penso/vejo aquilo daquele jeito. Nas vezes que eu realmente perguntei a alguém, porém, eu vi que num era bem por aí. Por isso peço encarecidamente os comentários de quem ler algum post aqui, e achar interessante, por que essa é a idéia aqui: discutir. Sobre os mais variados assuntos, sob os mais variados pontos de vista. Por isso, aliás, "facetas" acompanha o endereço do Blog, por que [só 'visão de mundo' não estava disponível] ninguém tem uma opinião pre-moldada sobre tudo todo o tempo, nossas opiniões podem variar a cada minuto, porque todos nós somos formados por várias e várias facetas.