Hoje eu assisti a um daqueles vídeozinhos que mostram o aquecimento global e as geleiras derretendo. A situação é desesperadora, é claro, mas tudo o que eu conseguia pensar era como aquilo se assemelhava a minha vida no momento. Estou no meio de um geleira, sem saber que caminho seguir, perdida, sozinha. E com o medo de escolher um caminho em que tudo ja estivesse derretido. Medo de me perder. Medo de congelar. Medo de enfrentar tudo aquilo sozinha. O branco intenso, a falta de cores, de alegria, o desespero. Tudo assemelhava-se ao meu estado de espírito. O vídeo continuou e me vi com medo de, da mesma maneira que o urso polar, morrer afogada antes de achar algo em que pudesse me apoiar.
Os autos e baixos da minha vida tem se tornado, ambos, mais baixos, e as vezes, como agora, eu gostaria de fugir. Fugir de todos, fugir daqui. Fugir dos problemas, de tudo aquilo que me impede de sorrir. Fazer o branco do gelo que preenche a minha vida entrar na minha mente, trazendo com si a calma; e o turbilhão de cores que lotam meu pensamento preencher os espaços em branco dos meus momentos, trazendo com si alegria. Queria trocar o gelo pelo calor do afeto dos que me circundam. Queria trocar o frio pelo conforto, o aconchego. Queria me sentir segura.
São muitas coisas pra pensar, e tudo é ao mesmo tempo, já que trilhamos para o caminho adulto, e a partir desse ponto, não dá pra mudar muito as coisas, os erros serão sempre erros, não mais experiência...
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